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BLOG - Papo Sustententável

SGI como ferramenta importante para o ESG

Não há mais dúvidas de que a sustentabilidade empresarial passou a ser vista como um diferencial estratégico essencial para as organizações. Termos como ESG (Environmental, Social, and Governance) e SGI (Sistema de Gestão Integrado) têm ganhado destaque. Entretanto, apesar de frequentemente mencionados juntos, é fundamental entender que, embora interligados, não são sinônimos e possuem papéis distintos, porém complementares.


Então, vamos falar sobre isso?


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ESG: Direcionamento Estratégico para Sustentabilidade


ESG é uma abordagem focada em integrar questões ambientais, sociais e de governança à estratégia de negócios. Ele vai além da conformidade legal e busca criar valor sustentável para todas as partes interessadas. Seus pilares se desdobram em práticas como:


  • Ambiental: gestão de emissões de carbono, uso eficiente de recursos naturais e economia circular, com referência em normas como ISO 14064 e ISO 14001.

  • Social: promoção da inclusão, direitos humanos e condições de trabalho adequadas, alinhadas a diretrizes como a ISO 26000.

  • Governança: combate à corrupção, ética e compliance, seguindo boas práticas como as descritas nas ISOs 37000 e 37301.


SGI: Estrutura para Gestão Integrada


Já o SGI integra os sistemas de gestão da qualidade (ISO 9001), meio ambiente (ISO 14001), saúde e segurança ocupacional (ISO 45001) e responsabilidade social (SA 8000), promovendo uma abordagem holística para gerenciar processos internos e assegurar conformidade com requisitos normativos.


Ao contrário do ESG, o SGI é uma ferramenta com grande foco operacional, entretanto que também convém estar direcionado para estratégia. Ele organiza e sistematiza processos para que a organização atinja seus objetivos de maneira eficaz, eficiente e segura.


É importante pontuar que o SGI não se limita a normas de QSMS, podendo incluir o complexo sistema de gerenciamento de uma organização. Nesse sentido, mora aqui um ponto de defesa do caráter estratégico do SGI, o que não sou contra, porém para isso é preciso ir além da base orientativa normatizada. Um Sistema de Gestão Integrado pode ser estratégico, e convém que seja, mas o simples fato de obter uma certificação não o torna apto a receber o título.


Sobre isso, convido a ler um outro artigo nosso: SGI pode ser mais que QSMS.


E o que QSMS (Qualidade, Saúde, Meio Ambiente e Segurança) tem a ver com isso tudo?


Primeiramente é importante esclarecer que QSMS é pilar operacional do SGI e não do ESG.


É comum haver uma confusão entre QSMS (Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde) e ESG. Enquanto o QSMS é um dos componentes de um SGI bem estruturado, ele não equivale ao ESG. Isso porque QSMS se concentra nas operações internas, enquanto ESG busca impactos externos na sociedade e no meio ambiente, conectando esses esforços à estratégia de negócios e à percepção de valor por stakeholders.


Por exemplo, implementar um programa de segurança no trabalho (parte do QSMS) é uma ação operacional. Contudo, associar essa iniciativa a uma estratégia ESG envolve transparência em indicadores, comunicação com partes interessadas e integração às metas corporativas de sustentabilidade.


SGI como fundamento para ESG


Apesar de suas diferenças, SGI e ESG andam juntos. Um SGI bem implementado pode ser uma base sólida e essencial para a adoção do ESG nas estratégias do negócio. O ciclo PDCA (Planejar, Fazer, Checar e Agir), essencial em sistemas de gestão, fortalece a capacidade da organização em:


  • Monitorar e medir indicadores ambientais, sociais e de governança;

  • Identificar gaps em práticas sustentáveis e implementar melhorias contínuas;

  • Facilitar diagnósticos 360º e estudos de materialidade para avaliar a maturidade ESG da organização.

  • Etc.


A prática recomendada ABNT PR 2030, por exemplo, destaca o papel de sistemas de gestão no apoio às iniciativas ESG, reforçando a importância de alinhar processos internos aos objetivos estratégicos de sustentabilidade.


O Papel do SGI na reputação e na eficiência operacional


Empresas com Sistemas de Gestão Integrada bem implementados demonstram compromisso com boas práticas de gestão e sustentabilidade corporativa, o que reforça a confiança de investidores, clientes e parceiros. Embora a certificação não garanta aderência total ao ESG, ela fortalece a governança e a transparência, contribuindo para uma reputação mais sólida no mercado.


Integrar ESG e SGI permite que as organizações:


  1. Melhorem a eficiência operacional, reduzindo custos e desperdícios;

  2. Fortaleçam a reputação corporativa, com práticas alinhadas às demandas sociais e ambientais;

  3. Atraiam investimentos, mostrando comprometimento com sustentabilidade empresarial.


A conexão entre SGI e ESG exemplifica como a gestão integrada é fundamental para viabilizar estratégias sustentáveis. O SGI organiza e estrutura os processos internos, enquanto o ESG direciona essas ações para resultados que criem valor compartilhado.

Reconhecer essa complementaridade é o primeiro passo para transformar desafios operacionais em oportunidades estratégicas, construindo negócios resilientes, éticos e sustentáveis.


Convido você a ler também o nosso artigo SGI pode ser mais que QSMS.

E você, quer saber mais especificamente sobre algum desses assuntos? Deixe nos comentários.


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