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BLOG - Papo Sustententável

A urgência de reprojetar a cidade

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As mudanças climáticas já não são uma previsão distante. Elas chegaram e estão impactando a cidade pela base.

O clima extremo não pede licença. Ele invade o cotidiano. Rompe asfalto, sobrecarrega drenagem, paralisa transporte, alaga faixa de pedestre. E enquanto alguns ainda discutem "mobilidade verde" como um ideal futurista, a realidade urbana já está sendo testada. E muitas vezes, falhando.


A rua virou linha de frente da crise climática.


Cidades inteiras continuam funcionando como se os padrões climáticos do século XX ainda fossem válidos. Projetos viários ignoram o novo regime de chuvas, a maior frequência de eventos extremos, os impactos combinados de calor e impermeabilização.

Em vez de antecipar riscos, seguimos tapando buracos. Literalmente.


Infraestrutura adaptada não é estética. É sobrevivência.


Não basta arborizar uma avenida se o subsolo continua impermeável. Não adianta trocar o asfalto se o sistema de drenagem não aguenta 20 minutos de chuva. Não adianta falar em acessibilidade se a calçada some sob 40 centímetros de água.

É preciso ir além da superfície. Planejar ruas que absorvam, drenem, resistam. Pensar a rua como infraestrutura climática, e não apenas como canal de tráfego.


Engenharia urbana precisa de critérios climáticos


Desenhar infraestrutura adaptada não é mais uma inovação técnica. É o básico. O mínimo que se espera de quem projeta para o futuro e não para a foto da inauguração.

Estamos em um ponto crítico. Ou as cidades começam a incorporar eventos extremos ao seu planejamento, ou vão seguir reconstruindo depois de cada desastre. E reconstruir custa caro. Em dinheiro, em tempo e em vidas.

Se queremos que a engenharia continue sendo instrumento de transformação social, ela precisa se reconciliar com o clima. Com dados. Com critérios. Com políticas públicas sérias.


O próximo evento extremo já está no radar. A pergunta que fica: quem vai estar pronto?


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