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BLOG - Papo Sustententável

Foto do escritorAfonso Martins

A infraestrutura social como pilar da inclusão e coesão comunitária


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Ao caminharmos pelas ruas de uma cidade, muitas vezes não percebemos a complexidade e o impacto que a infraestrutura urbana tem em nossas vidas. Você já parou para avaliar como ela pode contribuir tanto para a inclusão como para a exclusão social? A infraestrutura social, composta por espaços públicos como parques, praças, escolas, hospitais, ruas, pontes, redes de esgoto, redes de água, transporte público, etc., desempenha um papel crucial não apenas na provisão de serviços básicos, mas também na promoção da inclusão social e na construção de comunidades mais justas e igualitárias. Esses espaços precisam ser pensados para promover a interação social, a inclusão de todos os grupos sociais e a criação de um ambiente que estimule a participação ativa dos cidadãos na vida comunitária.


Quando falamos em inclusão social por meio da infraestrutura, acredito que a maioria das pessoas façam rapidamente uma associação à acessibilidade. É verdade, a acessibilidade é um aspecto fundamental. Porém, para além de espaços públicos facilmente acessíveis, eles precisam se tornar verdadeiros pontos de encontro, promovendo a inclusão e a coesão social. A infraestrutura social deve ir além da acessibilidade física. Ela deve ser pensada para acolher a diversidade, garantindo que todos os cidadãos, independentemente de idade, gênero, etnia ou condição socioeconômica, se sintam bem-vindos e representados.


Imagine um parque que não seja apenas um local com árvores e bancos, mas um espaço vibrante, com áreas para práticas esportivas, eventos culturais e encontros comunitários. Esse é o tipo de infraestrutura que pode transformar não apenas o cenário urbano, mas também a qualidade de vida das pessoas. Ruas bem iluminadas e calçadas acessíveis não só facilitam o deslocamento, mas também incentivam as pessoas a sair de casa, se exercitar e interagir com seus vizinhos, fortalecendo os laços sociais e reduzindo o isolamento.


Além dos exemplos citados, é preciso pensar com esse conceito para toda infraestrutura urbana. E não necessariamente é preciso começar em grandes investimentos, muitas ações simples podem ser realizadas de forma a tornar a infraestrutura cada vez mais inclusiva e que facilite a coesão comunitária. Por exemplo, podemos citar destinação de faixas para pedestres em ruas movimentadas, como realizado na região do bairro Liberdade em São Paulo; faixas de pedestres em “X” nas esquinas, como implantadas em São Paulo e outras grandes cidades do mundo, espaços destinados para atividades culturais em parques, etc.


Faixa para pedestre implantada no Bairro Liberdade

A infraestrutura social não é apenas uma questão de construção de espaços físicos, mas de construção de comunidades mais humanas, justas e vibrantes. É por meio dela que podemos promover a inclusão social e garantir que todos os cidadãos tenham acesso a oportunidades e serviços essenciais. É hora de repensar nossas cidades e investir em infraestrutura que vá além do funcional, que seja também bela, empolgante e transformadora. Para isso o planejamento participativo é essencial. Ao envolver os moradores locais no processo de decisão, é possível garantir que as necessidades reais da comunidade sejam atendidas, criando espaços que sejam verdadeiramente inclusivos e que promovam o senso de pertencimento e identidade local.


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