A engenharia que entrega resiliência não se mede só por resistência, mas pela capacidade de continuar
- Afonso Martins
- 11 de abr.
- 1 min de leitura

Engenharia e resiliência das cidades caminham juntas, ainda que nem sempre na mesma calçada. Falar em resiliência urbana é tratar da capacidade de uma cidade resistir, absorver, se adaptar e se recuperar diante de eventos adversos, sejam eles climáticos, sociais ou estruturais. E é justamente a engenharia que transforma essa ideia em infraestrutura concreta.
Pontes que suportam cheias. Sistemas de drenagem que acompanham o novo regime de chuvas. Edificações que mantêm o conforto térmico mesmo com extremos de temperatura. Mobilidade que continua funcionando mesmo quando partes da cidade travam. Tudo isso é engenharia atuando para garantir que o colapso não seja uma opção.
Mas a resiliência urbana não se resume a resistir. Envolve planejar para a incerteza, prever o que ainda não aconteceu e integrar diferentes disciplinas como geotecnia, hidráulica, saneamento, transportes e estruturas com políticas públicas, dados e participação social.
Cidades resilientes não nascem do acaso. São construídas com decisões técnicas, baseadas em cenários futuros e na leitura crítica dos erros do passado. São fruto de projetos que consideram vulnerabilidades e oportunidades ao mesmo tempo. E que reconhecem que um muro mal dimensionado pode custar mais que uma obra inteira. Pode custar vidas.
A engenharia tem o dever de projetar com margem, mas também com propósito. Tornar as cidades mais seguras, habitáveis e adaptáveis não é só uma questão técnica. É uma escolha ética. E quem projeta o futuro urbano precisa entender que resiliência não é luxo. É necessidade.
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